A empresa africana de matérias-primas ETG pediu, através de uma nota divulgada nesta sexta-feira, 1 de Março, a libertação dos seus activos confiscados no âmbito do conflito sobre exportação do feijão-bóer para a Índia, envolvendo o Royal Group.
No documento, a entidade explica que o Royal Group estava a exportar produtos com falsas certificações para a Índia, sendo que, em momento algum, a sua empresa esteve envolvida com algo relacionado.
“O processo-crime infundado instaurado contra nós há um ano, que levou à apreensão dos nossos bens e à detenção ilegal de um dos nossos funcionários em Dezembro, parece ser uma tentativa do Royal Group de recuperar as suas perdas na Índia”, destacou.
A instituição revelou que o “procurador-geral adjunto, num despacho publicado em 15 de Janeiro de 2024, afirmou claramente que a decisão sobre a caução contra o nosso funcionário era absurda e astronómica e ordenou o arquivamento de todo o processo, incluindo a ordem de apreensão. Apesar desta decisão, o Grupo Royal continuou a roubar produtos da ETG com total impunidade através das redes ilícitas do Grupo Royal nos portos de Nacala e da Beira”.
“Nos nossos 40 anos de operações em África, nunca assistimos a actos tão prejudiciais e maliciosos como estes. Este tipo de comportamento do Royal Group está a prejudicar toda a nossa indústria e, na verdade, está a arruinar a reputação de Moçambique na esfera internacional, o que, sem dúvida, terá consequências indesejáveis para a economia”, alertou.
“Exortamos o Royal Group a pôr fim a esta campanha sem fundamento contra a ETG e a libertar os nossos activos para que possamos voltar ao trabalho e continuar a investir”, apelou.
A ETG está presente no País há mais de 40 anos, emprega mais de duas mil pessoas e trabalha em colaboração com centenas de milhares de agricultores.
“Continuaremos a actuar no mercado com integridade e responsabilidade, e não permitiremos que o nosso nome seja manchado por falsidades e ataques cruéis”, concluiu.