Uma equipa de cientistas brasileiros desenvolveu um plástico orgânico a partir de Aloé Vera e batata-doce. Este novo material, que se decompõe em 120 dias na natureza, contrasta com os plásticos convencionais que podem levar entre 200 e cinco mil anos a deteriorar-se, contribuindo assim para a crise climática.
De acordo com o site Porto Alegre 24 Horas, a humanidade produz anualmente mais de 430 milhões de toneladas de plástico derivado do petróleo, dois terços das quais são descartáveis, segundo o Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA). Esta produção massiva contribui para a poluição ambiental, ameaçando os ecossistemas e afectando a saúde humana.
Os cientistas utilizaram extracto de Aloé Vera e amido de batata-doce para criar um bioplástico num processo simples e bem conhecido. A inovação destaca-se pelo facto de todos os ingredientes serem produzidos num ambiente agro-ecológico controlado, sem a adição de químicos no processo.
Os testes mostraram resultados satisfatórios, com o plástico orgânico a perder 60% da sua massa em 60 dias e 90% em 120 dias. O estudo abre caminho para futuras aplicações, como embalagens e produtos de origem natural, com potencial para amenizar os impactos ambientais causados pelos plásticos convencionais.