A petrolífera norte-americana ExxonMobil reiterou o seu compromisso de continuar a investir no projecto de gás natural liquefeito (GNL) na Área 4 da bacia do Rovuma, província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique.
O director-geral da companhia em Moçambique, Arne Gibbs, explicou que a empresa nunca parou com as suas operações e está a trabalhar com dedicação para o desenvolvimento do projecto.
“Estamos em coordenação com as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e o Ministério da Defesa Nacional em prol da segurança. Estamos também a trabalhar com o Governo para ajudar as empresas locais a tirar o maior proveito possível do Conteúdo Local, numa altura em que se prevê o retorno da TotalEnergies”, frisou.
Falando nesta quinta-feira (22), à saída de uma audiência concedida pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, o responsável salientou que a segurança na província, sobretudo na área de implementação dos empreendimentos de gás natural, registou melhorias comparativamente aos anos anteriores.
“Quero reconhecer o que as FDS já fizeram. Com certeza ainda temos alguns problemas e perguntas, mas quero frisar que o cenário está melhor do que há uns anos”, afirmou.
Em Julho passado, o vice-presidente sénior da ExxonMobil, Peter Clarke, informou, numa conferência em Vancouver, Canadá, que o projecto de gás natural liquefeito estava no bom caminho para obter a aprovação final em 2025.
“Muito depende da situação de segurança, que tem sido muito bem gerida. O Governo local está a fazer um bom trabalho e esperamos ver mais notícias positivas a esse respeito até ao final do ano”, disse Clarke, citado pela Bloomberg.
Em Moçambique, sobretudo na Área 4 (operada pela Mozambique Rovuma Venture), a ExxonMobil detém uma participação de 35,7% no contrato de concessão.
Recentemente, a empresa americana de consultoria financeira Deloitte considerou que as reservas de gás natural de Moçambique poderão gerar uma receita de 100 mil milhões de dólares.