A Gapi e a Mozal procederam esta quinta-feira, 15 de Fevereiro, no município de Matola Rio, distrito de Boane, à entrega de cheques referentes aos primeiros financiamentos a cinco empreendedores beneficiários do Nhluvuko – projecto com a duração inicial de cinco anos, orçado 77 milhões de meticais .
Estes primeiros beneficiários são três empresas do segmento das Micro, Pequenas e Médias Empresas (MPME) e dois empreendedores singulares, que receberão financiamentos em valores que variam de 250 mil a um milhão de meticais, com uma taxa de juro de 1% ao mês. Os financiamentos foram precedidos de acções de formação, capacitação e assistência técnica em matérias de gestão de negócios, no sentido de os tornar mais produtivos e sustentáveis.
“Esta iniciativa enquadra-se na área de responsabilidade social e corporativa da empresa Mozal, com apoio do Governo e implementado pela Gapi – Sociedade de Investimento. Lançado em 22 de Setembro de 2023, com uma duração inicial de cinco anos, o Nhluvuko tem como principal objectivo contribuir para o aumento da renda e do emprego, e para a melhoria das condições de vida dos beneficiários, com especial foco para a promoção da inclusão de mulheres e jovens através da combinação de oportunidades de capacitação na gestão de negócio, serviços financeiros e assistência técnica”, explicou a coordenadora do projecto, Edwina Ferro.
A responsável esclareceu ainda que, através da iniciativa, os beneficiários têm uma plataforma que potencia o empreendedorismo, oferecendo conhecimentos, ferramentas práticas e recursos financeiros que promovam a aceleração do desenvolvimento local.
“Durante o primeiro trimestre de implementação, as principais actividades e resultados das acções de divulgação, que abrangeram cerca de 2600 pessoas em mais de 60 bairros e comunidades nos distritos de Boane e Matola, resultaram em 2200 inscrições até Dezembro de 2023. Foram também desenvolvidas acções de capacitação e gestão de negócio, abrangendo 28 beneficiários seleccionados de 111 inscritos, representando 22 bairros, que actuam em diversos sectores económicos como a Agricultura, Prestação de Serviços e Comércio em geral”, apontou Edwina Ferro.
A responsável pelo projecto acrescentou que os beneficiários foram também capacitados em matérias de Marketing e Gestão Financeira, controlo dos registos contabilísticos, organização e formalização de negócios, gestão dos recursos humanos, do ambiente, crédito, entre outros. “Os beneficiários tiveram um acompanhamento de pós-formação nos seus locais de trabalho. E, através desta capacitação, podemos dizer que são empreendedores mais bem preparados para responder às necessidades dos seus clientes, assim como para o desenvolvimento das suas comunidades”, disse.
Para o presidente do Conselho de Administração (PCA) da Mozal, Samuel Samo Gudo, “o projecto Nlhuvuko é mais uma intervenção social da nossa empresa, em parceria com a Gapi, com o objectivo de apoiar o desenvolvimento de MPME, através da capacitação técnica e provisão de linhas de financiamento aos empreendedores das comunidades de Matola e Boane, que tanto se ressentem da falta de linhas de crédito favoráveis para os seus negócios”.
A fonte apontou que a empresa que representa espera beneficiar mais de 200 MPME e contribuir, de forma significativa, para a criação de oportunidades de geração de renda e de novos negócios, melhorando as condições de vida das comunidades locais.
“A Mozal acredita que o desenvolvimento das MPME constitui um dos pilares-chave do desenvolvimento da economia local e melhoramento da qualidade de vida da nossa sociedade”, disse, aconselhando os beneficiários: “não podem ver esta iniciativa como apenas mais um projecto das vossas vidas, mas sim o começo de uma nova jornada de mudança positiva na gestão e desenvolvimento dos vossos negócios”.
Por sua vez, a representante do Conselho de Administração da Gapi, Anabela Mucavel, apelou aos beneficiários a fazerem bom uso das ferramentas de conhecimento adquiridas e para a gestão responsável dos fundos. “Tenham em conta que o acesso a oportunidades como esta depende do vosso empenho. Além disso, o cumprimento das nossas obrigações de reembolso do crédito dependerá da disponibilidade dos fundos para que mais jovens possam aceder a esta oportunidade”, disse.
“A Gapi é uma instituição financeira de desenvolvimento, cuja missão é contribuir para a inclusão económica, social e financeira em Moçambique, promovendo a inovação, empreendedorismo e projectos geradores de empregos”, relembrou Anabela Mucavel, destacando que “o lançamento de novos projectos nas vésperas do nosso 34.º aniversário é uma coincidência que enaltece o empenho da instituição em promover uma maior justiça social através da inclusão financeira com impacto no desenvolvimento económico e social sustentável”.