A concessão do Porto de Maputo à empresa Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) vai vigorar até 13 de Abril de 2058, segundo os termos da adenda ao contrato, aprovada por decreto pelo Governo e publicada em Boletim da República.
“É prorrogado por um período adicional de 25 anos o tempo de concessão do Porto de Maputo, ou seja, até 13 de Abril de 2058”, avança o documento citado nesta terça-feira (13) pela Lusa, e que aprova ainda os termos do plano de negócios para a realização de investimentos adicionais, “visando aumentar a capacidade de manuseamento de carga, estando a concessionária autorizada a investir 2 milhões de dólares adicionais”.
Recentemente, o director-executivo da MPDC, Osório Lucas, revelou que a empresa que dirige prevê investir nos próximos três anos 600 milhões de dólares na expansão da infra-estrutura portuária, salientando que a acção vai aumentar a capacidade do terminal de contentores, passando dos actuais 170 mil para 530 mil.
“Esta iniciativa vai aumentar também a capacidade do Terminal de Carvão da Matola, passando de 7 milhões de toneladas por ano para 12 milhões. A nossa capacidade na carga geral vai subir de 10 milhões para 13 milhões. Prevemos fazer estas mudanças num período máximo de três anos”, clarificou o responsável.
De acordo com o mesmo, “a adenda ao contrato de concessão estabelece uma obrigatoriedade de investir neste intervalo de três anos e fazer a primeira fase de investimento. Não é uma opção, nós temos a obrigatoriedade de o fazer”, elucidou.
A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo é uma empresa privada moçambicana que resultou da parceria entre os Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e a Portus Indico, esta constituída pela Grindrod, DP World e a empresa Mozambique Gestores.
Desde 2003, a MPDC já investiu cerca de 900 milhões de dólares na modernização da infra-estrutura portuária. Actualmente, o porto de Maputo movimenta 10 mil trabalhadores, directos e indirectos, sendo que 99% são moçambicanos.