A directora-executiva do Programa Mundial Alimentar (PAM), Cindy McCain, destacou nesta terça-feira, 30 de Janeiro, que existe uma “cooperação frutífera” com Moçambique, tendo esta alcançado níveis significativos nas últimas quatro décadas, o que incentiva a continuidade do apoio prestado ao País face aos desafios impostos pelos desastres naturais.
“Nós celebramos a nossa longa cooperação de 44 anos com a República de Moçambique e estamos orgulhosos pelo apoio que temos prestado, não só em termos de assistência humanitária, como também na criação de resiliência nas populações”, declarou a responsável.
Falando à comunicação social em Roma, momentos após uma reunião com o chefe do Estado Filipe Nyusi, Cindy McCain manifestou a intenção de continuar a apoiar o País, sobretudo no domínio climático, uma vez que tem sido um dos mais afectados pelos fenómenos naturais devido à sua localização geográfica.
“Nós temos estado a trabalhar intensamente sobretudo na previsão, para que possamos saber onde certos fenómenos vão ter maior impacto, no sentido de colocarmos todos meios à disposição das comunidades”, revelou.
Para a actual época chuvosa 2023-24, os serviços meteorológicos moçambicanos avisaram que o País deve preparar-se para períodos de seca nas regiões centro e sul, a par de chuvas acima do normal no norte com a formação do fenómeno natural El Niño.
Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas no mundo, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre entre Outubro e Abril.
O período chuvoso de 2018-19 foi dos mais severos de que há memória em Moçambique: 714 pessoas morreram, incluindo 648 vítimas dos ciclones Idai e Kenneth, dois dos maiores de sempre a atingir o País.