A Royal Group Limitada (RGL) apontou nesta segunda-feira, 22 de Janeiro, que está a somar “grandes prejuízos” pelo facto de a sua concorrente ETG ter pedido a descarga de 250 contentores de um navio no porto de Nacala, alegando tratar-se de uma carga de feijão bóer da sua propriedade.
“Temos o produto aqui fora, e estamos a somar grandes prejuízos. Esta acção prova mais uma vez que estamos diante de uma denúncia falsa para manchar o bom nome da Royal Group”, disse Rui Domingos, representante da empresa.
A ETG pediu recentemente que as autoridades moçambicanas travassem a exportação de 250 contentores da RGL para inspecção e verificação da mercadoria, por suspeitas de a concorrente estar a exportar feijão bóer e outra carga, no valor de 70 milhões de dólares.
Em causa está um diferendo que se arrasta há meses e que já levou a ETG, a interpor uma providência cautelar, queixando-se da apropriação da sua carga, no porto de Nacala, pela concorrente RGL.
segundo Rui Domingos até então pelo menos 15 contentores foram descarregados e em nenhum foi encontrado o feijão bóer, tendo lamentado a perda do contrato com o comprador do produto devido ao atraso do navio.
“Temos os contentores descarregados conforme vocês podem ver. Estamos a confirmar o produto, e o que temos aqui é o feijão holoco e não o feijão bóer como eles disseram que estamos a exportar”, referiu a fonte.
Apesar de não ter havido ainda provas de exportação ilegal de feijão bóer na mercadoria da RGL, o conglomerado ETG insiste que sejam descarregados e verificados todos os 250 contentores que estão no navio.
Em Outubro de 2022, o Tribunal Provincial de Nampula ordenou a suspensão de todas as exportações da ETG e de outros grupos também acusados pela RGL neste processo