O sector privado da província do Niassa, no norte do País, tenciona implantar uma fábrica de processamento da macadâmia na região de Chimbunila, para estabilizar a cadeia de valor e as margens de lucro para os diversos intervenientes envolvidos na produção desta cultura de exportação.
O director-geral da Niassa Macadâmia, empresa baseada no distrito de Chimbunila, que falava durante um encontro que juntou vários empresários envolvidos na produção deste fruto rico em nutrientes como fibras, proteínas, potássio, fósforo, cálcio, magnésio e vitaminas, vincou a necessidade da mobilização urgente de recursos financeiros para a construção de uma unidade fabril para o processamento da amêndoa, que seria a primeira nesta província.
Para William Prado, uma fábrica poderá “favorecer o fortalecimento da cadeia de valor, a aproximação do mercado aos potenciais compradores e garantir a utilização dos seus desperdícios para a produção de adubos orgânicos”.
“Reiteramos o nosso apelo aos investidores nacionais e estrangeiros para financiarem com maior brevidade as obras de construção de uma indústria que se destina ao processamento da macadâmia, por ser uma cultura com menos custo de produção e que, quando produzida e processada, a sua amêndoa oferece, localmente, vários derivados com o mercado praticamente assegurado para a sua comercialização”, destacou William Prado, citado pelo jornal notícias.
Segundo o responsável, Niassa conta, neste momento, com extensas áreas degradadas e sem utilização devido a factores relacionados com a fraca capacidade financeira dos actores da produção agrícola.
“A recuperação destas áreas pelo sector produtivo, em particular ligado à área da macadâmia, pode gerar impactos positivos para a economia da província, na biodiversidade e na criação de postos de trabalho para a população”, salientou a fonte.