O Capital Alheio é um tipo de financiamento angariado pelas empresas que não provém de sócios, accionistas ou lucros da actividade, mas sim de dívidas contraídas junto de agentes externos à organização.
Embora o Capital Alheio possa não parecer uma opção vantajosa à primeira vista (afinal, está a assumir uma dívida que terá de ser devolvida ao credor com juros), tornou-se tão popular que é recomendável em alguns casos. É normalmente utilizado por empresas em processo de expansão, que procuram financiamento para novos projectos (razão pela qual o montante correspondente ao Capital Alheio tende a aumentar nas grandes empresas) ou que enfrentam momentos de crise e necessitam de reforço financeiro para continuar a operar.
As principais vantagens do Capital Alheio são:
- Pode ser utilizado para financiar projectos altamente rentáveis, de modo que, após o pagamento da dívida, a empresa continue a colher os seus frutos em volume de negócios;
- Ajuda na previsão orçamental, pois é uma despesa controlada, ou seja, a administração sabe exactamente quanto tem de pagar ao credor e em que período;
- A estrutura administrativa mantém-se intacta mesmo com este aporte financeiro – não há que falar de novos sócios e/ou de uma nova palavra na direcção da empresa;
- A dívida a ser paga é conhecida desde o contrato, dando maior previsibilidade ao gestor.
Por outro lado, o Capital de Terceiros também tem desvantagens que devem ser consideradas. São elas:
- O pagamento de juros, quando não justificado pela estratégia de desenvolvimento económico da empresa, pode ser considerado um desperdício;
- Quando utilizado para financiar projectos mal seleccionados, o que antes era considerado uma salvação, pode transformar-se numa bola de neve de dívidas e desespero. Isto porque as empresas não podem ir ter com os seus credores e dizer “Lamento, mas o meu projecto não rendeu tanto como eu esperava e não vou pagar-lhe”. Lembre-se: o credor não é um parceiro e o retorno do investimento é independente do desempenho da empresa;
- Ao optar por esta via, em vez de convidar outro sócio, a direcção não ganha know-how (saber fazer) adicional.
Fonte: Mais Retorno