A portuguesa Empresa de Desenvolvimento e Infra-estruturas do Alqueva (EDIA) está disponível para apoiar Moçambique na estruturação de regadios e uso do solo.
A promessa foi feita nesta quinta-feira (23), em Maputo, pela ministra portuguesa da Agricultura e da Alimentação, Maria do Céu Antunes.
“Neste momento, o protocolo está pronto para poder ser assinado e estamos disponíveis para começar a trabalhar imediatamente com o Governo moçambicano e com os empresários nesta dimensão”, disse a ministra, em declarações à Lusa, sublinhando que Portugal “tem vindo a trabalhar desde há um ano a esta parte” na dimensão do uso da água e do solo.
A governante encontra-se de visita a Maputo e, esta quinta-feira, reuniu-se com alguns empresários portugueses do sector de Agricultura a operar em Moçambique, tendo avançado o princípio de acordo para a EDIA usar a sua experiência no País.
Para Maria do Céu Antunes, esse apoio pode abranger o uso do solo e da água como “activo”, através da instalação de sistemas fotovoltaicos para a produção de energia limpa, “que ajude também a construir sistemas mais resilientes e mais capazes de produzir mais com menos custo”.
“Se olharmos para Alqueva, o que foi antes da EDIA e depois da EDIA, percebemos que ajudou a estruturar o uso da água, mas ajudou a estruturar também a utilização do solo para potenciar uma actividade agrícola, nomeadamente para podermos melhorar a nossa balança comercial, que tem sido essencial. E, portanto, é o mesmo que queremos ajudar a construir aqui, numa dimensão de sustentabilidade da actividade económica”, insistiu.
Criada em 1995, a EDIA é tutelada pelo Ministério da Agricultura de Portugal, tendo como missão conceber, executar, construir e explorar o Empreendimento de Fins Múltiplos de Alqueva (EFMA), contribuindo para a promoção do desenvolvimento económico e social de uma área de intervenção com 20 concelhos dos distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal.