A Nigéria quer aderir aos BRICS nos próximos dois anos e pretende também um lugar permanente no G20, anunciou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Yusuf Tuggar, defendendo “o alinhamento múltiplo” em várias instituições internacionais.
De acordo com uma entrevista citada pela agência de informação financeira Bloomberg, o governante referiu que “a Nigéria emancipou-se e quer decidir por si própria quais devem ser os seus parceiros e onde devem estar; ter um alinhamento múltiplo é do nosso melhor interesse”,
O mais populoso país da África Subsaariana, e também a maior economia da região, quer aderir a todos os grupos que estejam disponíveis, desde que as suas intenções sejam boas, correctas e claramente definidas, disse Tuggar, vincando que o derradeiro objectivo é afirmar a liderança no continente.
“Precisamos de pertencer a grupos como os BRICS, como o G20 e todos os outros, porque se há um critério determinado, por exemplo os maiores países em termos de população e economia, porque não há-de estar lá a Nigéria?”, questionou o chefe da diplomacia nigeriana.
Os BRICS são um grupo de países emergentes, constituído pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a que se juntaram, em Agosto, seis outras nações: Arábia Saudita, Irão, Egipto, Argentina, Etiópia e Emirados Árabes Unidos.
O G20 é constituído pelas 20 economias mais industrializadas, representando a maioria da riqueza e influência mundial.
A África do Sul, a nação mais industrializada do continente, já é membro do G20 e juntou-se aos BRICS em 2010, um ano depois da sua constituição.
O Presidente da Nigéria, Bola Tinubu, foi convidado para participar na reunião do G20 na Índia, em Setembro, e afirmou que ia argumentar a sua adesão a este grupo, defendendo a “democratização” das instituições globais, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas, para as tornar mais inclusivas.