O ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, admitiu esta segunda-feira, 20 de Novembro, que a frota da empresa Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) “não está em condições” desejadas pelo Executivo, referindo que as reformas em curso vão ajudar a resolver as “constantes avarias”.
Falando durante um evento público, em Maputo, o governante reconheceu os problemas, frisando que toda gente sabe que a frota não está nas condições que se pretendem, por isso, “nem quero gastar aqui o tempo a justificar porque é que o avião avariou”.
O governante moçambicano fez estas declarações dez dias depois de uma aeronave operada pela LAM, que realizava um voo com destino a Joanesburgo, na África do Sul, ter sofrido uma despressurização, obrigando ao seu regresso a Maputo de emergência.
“No caso em concreto, a tripulação tomou a decisão de retornar a Maputo, base operacional da companhia. O voo aterrou em segurança no Aeroporto Internacional de Maputo”, referiu a LAM, em comunicado de 10 de Novembro, acrescentando que uma passageira se sentiu mal e foi encaminhada para uma unidade hospitalar.
Face à situação, o ministro referiu que, além do público, as “avarias constantes” registadas na companhia de bandeira incomodam, em primeiro lugar, os governantes, até porque o mandato dado aos gestores dita que façam o seu trabalho com “profissionalismo e muita efectividade”.
“Os nossos gestores têm de afinar-se mais para corresponder às expectativas”, disse Mateus Magala, acrescentando que também é necessária uma transformação “das mentes e das atitudes”.
“Os recursos financeiros e técnicos estarão disponíveis, de uma ou outra maneira, mas o que é mais necessário é a atitude, o que fazemos com esses meios. Portanto, eu creio que com estas reformas a que estamos a proceder, vamos encontrar um ponto de equilíbrio”, declarou Magala.
Segundo duas ordens de serviço a que a Lusa teve acesso, a decisão foi tomada em reunião extraordinária do Conselho de Administração, sendo afastados, com efeitos imediatos, Hilário Tembe, director de operações, substituído por Alexandre Barradas, Pascoal Bernardo, director técnico, substituído por Agira Nhabanga, e Maria Luísa Ferreira, directora comercial, substituída por Firmino Naftal.