A presidente do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) revelou nesta segunda-feira, 20 de Novembro, que as calamidades naturais durante a época chuvosa 2023-24 vão ameaçar 1,2 milhões de pessoas no País.
“Durante a época 2023-24, para o cenário, que neste caso integra ventos fortes, inundações elevadas e seca, temos uma projecção da população em risco, estimada em 1,2 milhões”, frisou Luísa Meque.
Falando durante a reunião do Conselho Coordenador daquela entidade, a responsável avançou que o organismo está com um défice de cerca de 10 mil milhões de meticais para as acções de gestão e combate às calamidades naturais, face a um orçamento estimado em 14,3 mil milhões de meticais.
“O INGD dispõe de apenas 4,3 mil milhões de meticais, uma insuficiência que obriga a uma maior mobilização de mais recursos junto de parceiros internacionais”, prosseguiu a fonte.
No final de Setembro, o Presidente da República, Filipe Nyusi, apelou à preparação da população e das entidades para os previsíveis efeitos do fenómeno ‘El Ninõ’ no País nos próximos meses, com previsões de chuvas acima do normal e focos de seca.
“A história repete-se. Logo, temos de criar condições de resiliência. Nesse sentido, o Governo emitirá avisos regulares para manter a população informada e preparada para as condições climáticas que podem não ser favoráveis à vida, à produção ou às infra-estruturas”, descreveu o chefe de Estado.