A consultora Oxford Economics antevê que Angola termine o ano com a inflação nos 18%, depois da subida de 16,6% em Outubro, a sexta consecutiva, devendo acelerar para uma média de 20,3% em 2024.
Num comentário à evolução dos preços em Angola, enviado aos clientes e a que a Lusa teve acesso, os analistas estimam que os preços estejam, em Dezembro, 18% mais caros do que em igual período do ano passado, o que faz com que, juntando o total deste ano, os preços tenham, em média, subido 13,6%.
“Prevemos que a taxa de inflação vá continuar a subir para 18% e que o Banco Nacional de Angola aumente a taxa de juro em 200 pontos base [2 pontos percentuais] antes do final do ano. Esperamos também que os efeitos da desvalorização da taxa de câmbio continuem a fazer-se sentir no primeiro semestre de 2024, resultando numa inflação média de 20,3%”, escreve a Oxford Economics.
Para os analistas, “a significativa fraqueza do kwanza desde Maio, a transaccionar nos piores níveis de sempre, nos 830 por dólar, levou a um ressurgimento da inflação alimentar, a que se junta o facto de a redução nos subsídios aos preços dos combustíveis também ter começado a colocar pressão na subida dos preços dos transportes”.
A inflação, concluem, “está ao nível mais elevado desde Outubro de 2022 e já leva seis meses consecutivos de subida, desde Maio”.
Recentemente, o Instituto Nacional de Estatística divulgou que a inflação tinha subido 2,2% em comparação com os preços de Setembro, o que representa uma ligeira aceleração face aos 2,1% de crescimento registado nesse mês face ao anterior, impulsionada principalmente pelos sectores da alimentação e bebidas não alcoólicas e pelos bens e serviços.