O Presidente da República, Filipe Nyusi, destacou o contributo de Moçambique para o cumprimento e implementação da agenda e programas de trabalho do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (CSONU), nos primeiros dez meses do seu mandato como membro não permanente, no qual o País priorizou, em todas as suas acções, o conserto das nações, a paz e reconciliação.
“A presidência do Conselho de Segurança proporcionou-nos uma oportunidade ímpar de partilharmos a experiência de Moçambique na construção da paz, privilegiando o diálogo entre as diferentes forças políticas e da sociedade”, disse o estadista durante a conferência internacional “Moçambique no Conselho de Segurança das Nações Unidas”, que teve lugar nesta sexta-feira (17), em Maputo.
Citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM), o chefe de Estado disse ter sido desafiador o País assumir a presidência do Conselho de Segurança, volvidos apenas dois meses depois de assumir o seu mandato, pelo que foi necessário envidar muitos esforços por ter sido ser a primeira vez na história que participava naquele órgão.
“Ao longo dos primeiros dez meses do mandato, a acção de Moçambique incidiu sobre três eixos fundamentais: a presidência do Conselho de Segurança em Março, a presidência dos órgãos subsidiários do Conselho de Segurança e a coordenação com outros membros”, realçou Nyusi.
O governante apontou ainda o combate ao terrorismo, em coordenação com o Ruanda e a Missão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM), como outras das experiências que continuam a surtir bons resultados, particularmente o retorno das populações às suas zonas de origem e a reconstrução das infra-estruturas públicas e privadas.
“O aspecto marcante da nossa presidência foi o facto de termos levado à mais importante plataforma do multilateralismo a voz de outros participantes independentes entre académicos e representantes da sociedade civil”, salientou. “Participámos nos eventos de alto nível durante a presidência da Suíça, em Maio, onde partilhámos, em Nova Iorque, a nossa experiência na protecção de civis em situação de conflito, com enfoque para a segurança alimentar e provisão de serviços essenciais”.
O Presidente da República destacou ainda, ao nível da agenda do Conselho de Segurança, Moçambique ter sido chamado a coordenar o trabalho do órgão perante os 15 membros, incluindo os cinco permanentes, bem como ao nível do grupo A3 [três países africanos] e do grupo E10 [membros eleitos não permanentes].
“Os moçambicanos devem sentir orgulho por nos termos afirmado como um Estado que granjeia respeito no conserto das nações, com experiência diplomática na promoção e influência de posições e consensos com os cinco membros permanentes sobre projectos e resoluções, declarações, comunicados e outras questões no âmbito da promoção da paz e segurança internacionais”, referiu.