O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, considerou esta quinta-feira (16), que as perspectivas económicas, a médio prazo, para o País são positivas, admitindo, no entanto, a existência de riscos associados à guerra em Cabo Delgado, aos desastres naturais e aos níveis de endividamento.
“As perspectivas de médio prazo são positivas, mas sujeitas a vários riscos, sobretudo devido aos desafios associados à acção terrorista no norte de Cabo Delgado e aos desastres naturais causados pelas mudanças climáticas, que põem pressão sobre o espaço fiscal e ao nível de endividamento do País”, declarou Max Tonela, durante o seminário “Moçambique Resiliente, Marcos Recentes no Desenvolvimento de Capacidade Fiscal e Financeira”, promovido pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em Maputo.
Para o governante, embora os desafios internos e externos que o País tem enfrentado condicionem o ritmo de desenvolvimento, as reformas que o Executivo tem adoptado procuram estabilizar a situação macroeconómica.
“Os indicadores macroeconómicos mais recentes indicam que a nossa economia está a apresentar uma forte tendência de recuperação, atingido um crescimento de 4,1% em 2022, projectando-se, para este ano, um nível de crescimento a rondar os 6%”, acrescentou Tonela, sublinhando que a “implementação bem-sucedida” de reformas estruturais em Moçambique é vital para o desenvolvimento sustentável do País, sendo a melhoria da transparência e da gestão da dívida pública uma das prioridades.
Também o embaixador da Suíça em Moçambique, Alain Gaschen, assinalou progressos nas reformas adoptadas, considerando que o País está a “estabilizar” e a ganhar confiança para um eventual retorno de outros parceiros internacionais ao apoio directo ao Orçamento do Estado (OE).
A Suíça esteve entre os vários parceiros internacionais que suspenderam a ajuda financeira directa ao OE após o escândalo das dívidas ocultas há sete anos, tendo apostado em ajudas financeiras pontuais no contexto de catástrofes específicas e situações de emergência.