O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e parceiros lançaram esta quinta-feira, 16 de Novembro, em Maputo, um mecanismo de financiamento de riscos e seguros para desenvolver produtos e serviços capazes de criar resiliência às catástrofes naturais no País.
Trata-se de uma plataforma que está a ser implementada em 15 países, incluindo seis nações africanas, entre as quais Madagáscar e Maláui.
No País, o mecanismo vai ser implementado em estreita colaboração com diferentes parceiros, para fornecer aconselhamento político, orientação, ferramentas e metodologias que aumentem a resiliência face a choques socioeconómicos.
Na ocasião, a chefe da Unidade de Ambiente, Mudanças Climáticas e Resiliência no PNUD, Eunice Mucache, justificou a importância desta iniciativa com o facto de Moçambique enfrentar um nível significativamente alto de risco de desastres naturais.
“No caso concreto é relevante, pelo facto de sermos um território exposto a riscos de desastres, como ciclones, cheias e secas. Temos observado que tem sido constante e mais intenso ver como os ciclones afectam o País, e este cenário tende, com toda a certeza, a agravar-se”, afirmou a responsável, citada pelo jornal notícias, acrescentando, no entanto, se espera que este mecanismo seja uma solução de financiamento de risco para as Pequenas e Médias Empresas.
Para a fonte, a iniciativa vai melhorar a capacidade do País para fazer face às catástrofes naturais, tanto através da procura de financiamento de acções imediatamente após a sua ocorrência, como através do desenvolvimento da resiliência, olhando especificamente para os seguros.
Por sua vez, o Ministério da Economia e Finanças (MEF) apontou o mecanismo como parte de um conjunto de esforços em curso que visam oferecer resiliência à economia moçambicana, que é ciclicamente vulnerável aos choques climáticos.
“Tanto em termos de frequência como de intensidade, nos últimos anos, os efeitos das mudanças climáticas têm tido um impacto directo nas finanças públicas, razão pela qual se tornaram uma prioridade e exigiram vários recursos orçamentais destinados a mitigá-los”, destacou Domingos Lambo, secretário permanente do MEF.