Empresários da Indonésia, Quénia e Tanzânia manifestaram recentemente interesse em investir no sector do agro-negócio na província do Niassa, norte de Moçambique, com foco na produção e processamento das culturas da macadâmia, soja, hortícolas, e na criação de gado e outras espécies domésticas.
De acordo com uma informação divulgada nesta quinta-feira, 16 de Novembro, pelo Semanário Económico, a intenção foi demonstrada durante a realização do Fórum de Investimento do Niassa, que decorreu na passada sexta-feira (10), e onde o presidente da Associação Agro-Industrial e Comercial do Niassa (AAICN), Inocêncio Sotomane, explicou que, para o evento, foi levada uma carteira de 20 projectos, estes que despertaram a atenção do empresariado tanzaniano, queniano e indonésio.
“Na elaboração da carteira de projectos para apresentação no Fórum de Investimento, a AAICN e as autoridades governamentais tiveram em conta os constrangimentos verificados no mercado internacional no que diz respeito à disponibilidade dos cereais. Actualmente, os maiores produtores mundiais enfrentam dificuldades na produção devido à guerra, pelo que esta situação deve ser transformada numa oportunidade”, detalhou Sotomane.
Segundo o responsável, a província do Niassa dispõe de mais de dois milhões de hectares de terras aráveis com condições favoráveis para a plantação de culturas, que exigem o clima tropical e temperado.
“Para além destes factores, existe um ambiente favorável para a realização de negócios, com um sistema rodoviário que permite a ligação entre as cidades de Lichinga e os portos de Nacala e Pemba, nas províncias de Nampula e Cabo Delgado”, frisou.
O primeiro Fórum de Investimento do Niassa foi organizado pela Câmara de Comércio de Moçambique (CCM) no âmbito do Programa Industrializar Moçambique (PRONAI) e subordinado ao tema “Agricultura e Energia Como Factores Dinamizadores do Desenvolvimento da Província de Niassa”. O evento juntou diversos empresários, embaixadores acreditados no País e investidores.