O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou a concessão de um empréstimo de 178 milhões de dólares ao Maláui para aumentar as suas reservas de divisas, apoiar a recuperação do país endividado e catalisar o financiamento de subvenções, uma semana depois de o país da África Austral ter desvalorizado a sua moeda.
A facilidade de crédito alargada a 48 meses “apoiará o ajustamento macroeconómico das autoridades e a agenda de reformas destinada a restabelecer a estabilidade macroeconómica”, declarou o FMI num comunicado divulgado nesta quarta-feira (15).
De acordo com o portal de notícias Club of Mozambique, o Maláui, sem litoral, está a recuperar de uma série de choques, incluindo o pior surto de cólera de sempre, um ciclone mortal, uma inflação elevada e uma escassez de divisas causada pelo aumento do custo das importações.
O Maláui, que é um dos países menos desenvolvidos do mundo, está fortemente dependente do financiamento dos doadores. Anteriormente, contava com estes para financiar cerca de 40% do seu orçamento, antes de suspenderem os pagamentos após a revelação de um escândalo de corrupção no Estado, denominado “Cashgate”, em 2013.
O país também tem procurado reestruturar até mil milhões de dólares de dívida externa para se qualificar para o financiamento do FMI.
“A reestruturação bem-sucedida da dívida externa é vital, uma vez que não existe uma combinação razoável de ajustamento e financiamento que, por si só, possa garantir a estabilidade macroeconómica”, afirmou Gita Gopinath, primeira directora-geral adjunta do FMI, no comunicado.