O director-geral do Instituto Nacional de Normalização e Qualidade (INNOQ), Geraldo Albasini, revelou nesta quarta-feira, 14 de Novembro, durante a primeira Conferência Nacional da Qualidade, que apenas 160 empresas estão certificadas no País, de um total de cinco mil existentes.
Segundo o responsável, esta situação é preocupante, olhando para as actuais exigências do mercado nacional e internacional, sendo que já estão em curso algumas acções de sensibilização para que as empresas consigam, no mínimo, usar as normas técnicas nos seus processos de produção.
“Do universo de cinco mil empresas, apenas 160 estão certificadas pelo INNOQ em sistema de gestão da qualidade e outros, mas este número é uma gota de água no oceano. Tal preocupa-nos, por isso é que estamos a desencadear acções de sensibilização para que mais empresas consigam, no mínimo, usar as normas técnicas nos seus processos de produção e chegar à certificação como a fase mais avançada”, explicou.
O responsável acrescentou que “o fracasso das empresas no processo de certificação está aliado à falta de informação por parte das empresas e do consumidor, que opta pelos produtos de baixa qualidade. Precisamos de uma sociedade exigente”.
“Investir na qualidade muda tudo na vida do consumidor e das empresas. Estamos a trabalhar com o sector privado e pretendemos mostrar ao País e ao mundo que em Moçambique já existe capacidade institucional para prestar serviços de certificação, calibração e verificação, no sentido da protecção do consumidor”, concluiu.
O evento de dois dias (13 e 14 de Novembro), organizado pelo Ministério da Indústria e Comércio, através do INNOQ, decorreu sob o tema “Cultura da Qualidade: do Compromisso à Implementação”, e teve como objectivo principal identificar e discutir os desafios enfrentados pelas organizações em matérias relativas à qualidade, procurando também soluções colaborativas entre as partes interessadas.
A conferência contou com o financiamento do projecto “Promove Comércio”, implementado pela Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO), com fundos da União Europeia, assim como com o patrocínio da Hidroeléctrica de Cahora Bassa, Petromoc, Tropigalia, Petrotec, Brithol Michcoma, Heineken Moçambique, Água da Namaacha, Dataserv, Testop e Cervejas de Moçambique.