O ministro moçambicano da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Celso Correia, garantiu que já foi retomada a emissão dos certificados fitossanitários para a exportação do feijão bóer, um documento que não era emitido há cerca de três meses devido ao elevado nível de falsificação.
De acordo com o governante, todos os certificados são emitidos no Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MADER) e já não existe nenhum tipo de bloqueio para se exportar para a Índia. “Não queremos que as empresas continuem com a emissão de certificados falsos, porque corremos o risco de ser banidos dos mercados internacionais”.
“Os comerciantes podem exportar a sua produção, e estamos a trabalhar para desbloquear qualquer barreira que possa surgir. Não vemos, portanto, razões para que as actividades fiquem paralisadas”, explicou.
Na quinta-feira, 9 de Novembro, durante o Economic Briefing, o presidente da Confederação das Associações Económicas (CTA) de Moçambique, Agostinho Vuma, pediu a intervenção do Presidente da República, Filipe Nyusi, para a liberalização da exportação do feijão bóer, salientando os muitos constrangimentos enfrentados no processo de venda do produto, sobretudo para a Índia.
“Os constrangimentos enfrentados na comercialização agrícola incluem desde as questões de logística até ao acesso ao certificado fitossanitário, assim como a questão da gestão das quotas de exportação. Há registo de 15 mil toneladas de feijão bóer destinadas à Índia que permanecem retidas no País, devido a problemas alfandegários”, revelou.
Recentemente, a imprensa indiana indicou que, nos últimos dias, o preço do feijão bóer registou uma subida de 10% no país, precisamente devido às dificuldades de importação a partir de Moçambique.
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