As autoridades de saúde moçambicanas anunciaram nesta quinta-feira, 9 de Novembro, que pelo menos 300 pessoas morreram vítimas de malária nos últimos nove meses no País, uma redução em cerca de 100 óbitos, o equivalente a 25%, comparado ao igual período de 2022.
“Registámos, nos primeiros nove meses deste ano, cerca de 300 óbitos, mas, comparado ao ano passado, na mesma altura, tínhamos mais de 400 óbitos”, explicou o director do Programa Nacional de Combate à Malária, Baltazar Candrinho.
Intervindo durante o lançamento do inquérito sobre a prevalência da malária em Moçambique, o responsável avançou que o maior número de óbitos foi registado nas províncias localizadas nas regiões centro e norte.
“Para além das mortes, entre Janeiro e Setembro deste ano, foram registados também nove milhões de casos de malária, contra 8,5 milhões registados no mesmo período de 2022, sendo as províncias de Sofala e Zambézia as que registam, actualmente, o maior número de casos”, explicou.
Por sua vez, o vice-ministro da Saúde, Ilesh Jani, frisou que a malária continua a ser uma das principais causas de morbilidade e mortalidade, sendo responsável por cerca de 18% das mortes registadas em crianças com menos de 5 anos de idade.
“A malária é um problema muito sério para nós. O combate à doença é complexo e o seu controlo requer o uso de um arsenal de metodologias”, concluiu.
O inquérito lançado deverá abranger 12 mil agregados familiares das províncias de Maputo, Gaza e Inhambane, e os seus resultados deverão ser divulgados em Março de 2024. A realização do estudo está orçada em 150 milhões de meticais.
Moçambique é um dos candidatos à recepção da vacina contra a malária, estando, neste momento, dependente da decisão da Organização Mundial da Saúde para iniciar a vacinação.
A malária é uma das doenças mais mortíferas em África, matando quase 500 mil crianças com menos de 5 anos, todos os anos, e o continente registou, em 2021, aproximadamente 95% dos casos mundiais de malária e 96% das mortes pela doença.