Uma equipa de investigação da Universidade de Tsinghua, na China, desenvolveu o primeiro chip de computação inteligente optoelectrónico totalmente analógico, que combina a computação electrónica e a luminosa.
Após os testes, o poder aritmético do chip em tarefas de reconhecimento visual inteligente poderá ser até três mil vezes superior ao dos actuais chips comerciais de elevado desempenho, abrindo uma nova via para a investigação e desenvolvimento de chips de altíssimo desempenho.
De acordo com o site China2Brazil, nos últimos anos, a criação de uma nova arquitectura de computação e o desenvolvimento de um novo tipo de chip de computação de Inteligência Artificial (IA) tornou-se uma prioridade a nível mundial. A computação óptica, que utiliza ondas de luz como portador para o processamento de informação, tornou-se um ponto de interesse para a investigação na comunidade científica devido às suas vantagens de alta velocidade e baixo consumo de energia. No entanto, há muitas dificuldades em transformar e converter o portador computacional de electricidade para luz e também em substituir os dispositivos electrónicos existentes para realizar aplicações ao nível do sistema.
Os investigadores combinaram a computação óptica, a electrónica analógica pura e outras tecnologias para ultrapassar os obstáculos físicos da arquitectura dos chips tradicionais.
“Para além da vantagem do poder de computação em tarefas de reconhecimento visual inteligente de alvos e cálculos de cenários na utilização de sistemas não tripulados (como veículos de direcção autónoma), a eficiência energética do chip optoelectrónico no nível do sistema foi medida como sendo mais de quatro milhões de vezes superior à dos chips de alto desempenho existentes, o que suscita esperanças de grandes saltos e avanços futuros tanto na criação como no design de novos chips”, explica Fang Lu.
De momento, a equipa apenas desenvolveu amostras do princípio de fusão fotoeléctrica com funções de computação específicas, sendo urgente continuar a investigar e desenvolver chips de computação visual inteligente com funções gerais para que possam ser aplicados em grande escala na prática.
Os resultados da investigação foram recentemente publicados na revista Nature.