A Comissão Regional Africana de Certificação para a Erradicação da Poliomielite (ARCC) aconselhou seis países africanos – Botsuana, Maláui, Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué – a “resolverem urgentemente” as lacunas na imunidade à poliomielite, por forma que se previnam surtos, salientando que o trabalho deve ser feito em conjunto com os seus parceiros de saúde.
De acordo com a presidente da ARCC, Rose Leke, já foram confirmados mais de 300 casos de poliomielite na região da África Austral e quase 250 detecções em amostras de águas residuais, pelo que alertou que há necessidade de se “intensificarem os esforços relativos à implementação de uma vacinação suplementar atempada e de qualidade, para aumentar a imunidade da população e garantir a detecção precoce de quaisquer vírus circulantes”.
“Saudamos o grande progresso alcançado por Moçambique, juntamente com o Zimbabué, Maláui, Tanzânia e Zâmbia, na sua resposta às detecções do poliovírus selvagem tipo 1 (WPV1)”, disse.
A ARCC é um organismo independente criado em 1998 para supervisionar o estatuto de certificação da região africana como livre do poliovírus selvagem autóctone. A entidade reúne-se duas vezes por ano para analisar os progressos realizados nas actualizações anuais de certificação de países seleccionados sobre as actividades de erradicação da poliomielite.
Dados do Ministério da Saúde (MISAU) indicam que o País não regista qualquer novo caso de poliomielite há sete meses.