O ministro dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias, disse esta sexta-feira, 3 de Novembro, que o País vai reduzir em 70% a importação de gás de cozinha, a partir de 2024, com a entrada em funcionamento de uma central na província de Inhambane.
“Tudo está a ser feito para que esse projecto também esteja pronto até 2024 com uma projecção para produzir cerca de 30 mil toneladas de gás de cozinha, o que irá reduzir em cerca de 70% os níveis de importação”, afirmou Carlos Zacarias, citado pela agência Lusa.
O governante falava em declarações aos jornalistas, após visitar a Central Térmica de Temane (CCT), no distrito de Inhassoro, província de Inhambane, sul de Moçambique.
Carlos Zacarias avançou que o gás de cozinha será um dos produtos de uma outra central que está a ser construída pela multinacional sul-africana Sasol, no âmbito do projecto do Acordo de Partilha de Produção (PSA, na sigla em inglês).
O gás de cozinha (tecnicamente designado por Gás de Petróleo Liquefeito) será uma fracção dos 23 milhões de gigajoules projectados pelo PSA, de acordo com dados da Sasol. Priscillah Mabelane, vice-presidente da Sasol, disse aos jornalistas que a PSA está orçada em mais de 700 milhões de dólares (cerca de 654 milhões de euros).
Uma parcela importante da quantidade que vai ser produzida pelo projecto PSA será destinada à CTT, que vai gerar 450 megawatts de energia eléctrica, tornando-se na maior central eléctrica a gás em Moçambique. “Um ponto particular que queríamos enfatizar sobre a CTT é que vai produzir 450 megawatts que serão fornecidos ao País e, naturalmente, a outros clientes”, avançou Carlos Zacarias, após visitar os referidos empreendimentos.
A CTT está orçada em 650 milhões de dólares (mais 606 milhões de euros) de acordo com dados da Globeleq, multinacional com participação maioritária na infra-estrutura.