O Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) vai implementar, na província de Cabo Delgado, zona norte do País, uma iniciativa de fortalecimento da resiliência para dez mil famílias vulneráveis à fome, informou esta sexta-feira, 3 de Novembro, a Agência de Informação de Moçambique.
O projecto, denominado “Fortalecimento da Resiliência das Comunidades Vulneráveis a Segurança Alimentar e Nutricional na Província de Cabo Delgado”, ocorrerá nos distritos de Chiure, Balama e Palma, para acelerar a recuperação dos meios de subsistência.
Segundo AIM, a iniciativa surge numa altura em que a província sofre com o fenómeno do terrorismo que, desde 2017, agudiza as vulnerabilidades das comunidades, abrindo uma situação de emergência, para além dos impactos da ocorrência dos eventos meteorológicos extremos.
A iniciativa foi lançada na sexta-feira última, no distrito de Chiure, pela presidente do INGD, Luísa Meque, que vincou, na ocasião, que a iniciativa tem o condão de relançar as esperanças da normalização da vida das comunidades vulneráveis, alargando a diversificação de rendimentos com vista a criar capacidade de resiliência a eventuais choques e eventos climáticos severos.
“Acreditamos que o presente projecto será uma grande valia para melhorar a capacidade de intervenção em resposta ao impacto devastador dos eventos hidrometeorológicos extremos sobre os meios de subsistência das comunidades mais vulneráveis aos choques climáticos”, disse a timoneira do INGD.
Sem avançar os custos finais da operação, a fonte assegurou que o financiamento provém dos parceiros de cooperação, nomeadamente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e do Programa das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), entidades comprometidas em criar meios de subsistência de forma sustentável para as comunidades vulneráveis.
Falando numa altura em que o País já entrou na época chuvosa 2023-2024, Meque lembrou as previsões climáticas sazonais que, no geral, apontam para ocorrência de chuvas abaixo do normal nas zonas sul e parte sul e centro, e chuvas normais com tendência para acima do normal na zona norte do País, bem como o risco de cheias nas principais bacias hidrográficas.
Perante este quadro, a fonte apelou às comunidades, aos Comités Locais de Gestão e Redução do Risco de Desastres e a todos os actores envolvidos no processo a monitoria da situação para redobrarem os seus esforços de vigilância e de tomada de medidas preventivas.