A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) registou, no terceiro semestre deste ano, uma produção hidroenergética de 12 120 GWh, valor correspondente a 14,3% acima do planeado, num ano cuja meta de produção definida é de 14 292 GWh.
Face a este resultado, o presidente do Conselho de Administração (PCA) da HCB, Tomás Matola, citado no comunicado divulgado esta quinta-feira, 2 de Novembro, e a que o DE teve acesso, afirmou que a hidroeléctrica antevê, agora, uma superação da meta anual, que poderá fixar-se nos 15 488 GWh até o final do ano, fortalecendo assim a posição de Moçambique como um hub energético regional.
“No período em análise, a HCB logrou alcançar uma facturação de mais de 54,2% das receitas planeadas para o período, ao mesmo tempo que encerrou com sucesso as negociações sobre o ajustamento da tarifa de exportação de energia. Estes factores conjugados representam ganhos significativos para a empresa e para o País”, explicou o PCA, acrescentando que “as cifras apresentadas contribuirão para a realização de investimentos críticos nos equipamentos da cadeia de produção e em projectos de incremento da capacidade de geração energética, que se prevê chegar aos 4000 MW, até 2032”.
Em relação aos recursos hídricos da albufeira, a HCB revelou que, no início da época chuvosa 2023-24, apresentava um armazenamento em 92,5% do seu volume útil. “A presente quota é satisfatória e, conjugada por uma gestão criteriosa, técnico-científica e por meios tecnológicos ao dispor da empresa, assegurará o processo de geração de energia até ao final do ano”, refere ainda o comunicado da hidroeléctrica.
A HCB é, actualmente, o maior produtor de electricidade em Moçambique e tem uma capacidade de 2000 MW, sendo que perto de 250 MW de energia são abastecidos localmente, 1000 MW para a África do Sul e 400 MW para o Zimbabué.