O PCA da Bolsa de Valores de Moçambique (BVM), Salim Valá, afirmou nesta quarta-feira, 1 de Novembro, que o País precisa de começar a pensar em criar condições para o desenvolvimento sustentável do mercado de capitais, salientando que tal ajudará a dinamizar o investimento empresarial e impulsionará a geração de ganhos.
De acordo com o responsável, é importante que se promova a cultura de pesquisa que ajude a compreender melhor o mercado bolsista e como as empresas moçambicanas de diferentes dimensões podem ter acesso ao financiamento, promover hábitos de poupança e fazer investimentos de forma segura e rentável.
Salim Valá afirmou a necessidade de se procurar uma “luz para orientar a acção no futuro que permita os distintos actores do ecossistema do mercado de capitais, com destaque para os empresários, os investidores, os corretores, os reguladores, a BVM e outros actores poderem tomar decisões com base em evidências”.
“O mercado de capitais tem-se desenvolvido com base no conhecimento adquirido sobre economia e finanças. A informação e o conhecimento são cruciais para o bom funcionamento dos mercados financeiros e para compreender os comportamentos, padrões irracionais e bolhas especulativas que neles ocorrem”, explicou o responsável durante a cerimónia de abertura das primeiras jornadas científicas sobre o “Mercado de Capitais e Bolsa de Valores”, um evento organizado em parceria com o Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique (ISCTEM) e subordinado ao tema “Contribuindo para o Crescimento Sustentável do Mercado de Capitais em Moçambique”.
Para o PCA, o bom funcionamento dos mercados de capitais reflecte-se no crescimento económico, acrescentando que é fundamental que os governos, as universidades e o sector privado assegurem um nível de investimento satisfatório em educação, pesquisa e desenvolvimento tecnológico para continuar a expandir os horizontes do conhecimento humano e as suas aplicações práticas no âmbito da economia.
Por sua vez, o director-geral do ISCTEM, Carvalho Madivate, avançou que as jornadas surgem como uma tentativa de encontrar soluções para os problemas existentes.
“Enquanto instituição de ensino, aprimoramos a nossa relação com o mercado empresarial, no âmbito do processo de reforma da própria escola, almejando mudar a forma de reflectir sobre as ciências contáveis. Nenhuma universidade se transforma sem os parceiros empresariais”, concluiu.