A secretária permanente do Ministério do Mar, Águas Interiores e Pescas, Maria Pinto, informou esta quinta-feira, 2 de Novembro, durante o Fórum do Programa EAF-Nansen, que Moçambique perde anualmente cerca de 70 milhões de dólares com a pesca ilegal.
“A pesca ilegal merece uma reflexão profunda da nossa parte”, referiu a responsável, citada pela Agência de Informação de Moçambique.
O Programa EAF-Nansen é resultado de uma parceria entre a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), o organismo norueguês de ajuda ao desenvolvimento, Norad, organizações regionais e países parceiros em África.
A responsável salientou que a pesca dá um valioso contributo social e económico para a vida das populações e para a geração de divisas, sobretudo a pesca artesanal, uma vez que globalmente contribui com cerca de 40% das capturas de pescado e emprega mais de 90% dos pescadores e trabalhadores da pesca.
“Em Moçambique, o contributo deste subsector representa 98% do total da produção pesqueira nacional. O nosso sector tem sido reconhecido como um poderoso gerador de emprego e rendimento, estimulando o crescimento de várias indústrias subsidiárias. Para além disso, serve como fonte de subsistência para uma grande parte da população”, descreveu Maria Pinto .
A fonte acrescentou que o desafio, neste momento, é utilizar os recursos marinhos de forma responsável, protegendo simultaneamente a biodiversidade para as gerações futuras.
Maria Pinto destacou ainda o envolvimento das mulheres em toda a cadeia de produção, salientando que “é cada vez mais notória, nomeadamente nas actividades de transformação e comercialização do pescado”.