O Governo angolano anunciou esta terça-feira, 31 de Outubro, que a sua estratégia de desenvolvimento da cadeia de valor do café no país está centrada na forte presença de grandes, médios e pequenos agricultores, em simultâneo, numa lógica de cooperação integrada.
Falando no âmbito da cerimónia de celebração dos 25 anos da Angonabeiro, o grupo português que detém a Delta Cafés, o secretário de Estado para o Planeamento de Angola, Milton Reis, afirmou que o sector oferece grandes oportunidades de investimento num produto cuja exportação trará mais divisas à economia do país.
“Por essa razão, a estratégia do Governo angolano deverá basear-se num modelo forte de desenvolvimento da cadeia de valor do café, com a presença, em simultâneo, de grandes, médios e pequenos agricultores”, reiterou o governante.
Para o fomento do sector, os agricultores devem actuar “numa lógica de cooperação integrada, apoiados por empresas âncoras, como a Angonabeiro, que vão prestar apoio desde a plantação até à colheita, como forma de garantir que a qualidade do café seja a melhor e alcançar níveis de produção que permitam economias de escala na sua exportação”, argumentou o governante.
Milton Reis disse esperar que o momento de celebração do 25.º aniversário da Angonabeiro, empresa líder no mercado de cafés torrados em Angola, sirva também de reflexão e que fortaleça a compreensão da importância do café na dinamização da produção nacional, substituindo as importações e promovendo as exportações.
O secretário de Estado, que falava em representação do ministro da Economia e Planeamento, sublinhou que a Angonabeiro tem apoiado a economia angolana estimulando a produção nacional, através da compra de café a grandes e médias fazendas.
De acordo com Milton Reis, o sector do agro-negócio terá um papel fundamental para o alcance dos objectivos do Plano de Desenvolvimento Nacional (PDN) 2023-27, nomeadamente geração de empregos, segurança alimentar, redução da pobreza e outros, e o fomento de culturas de alto rendimento, como o café e outras commodities, serão priorizadas.
A cadeia de valor do café em Angola, observou, “compreende fornecedores de fertilizantes, produtores primários, processadores, comerciantes, torrefactores e exportadores e permite afirmar que o fomento da cadeia é importante para a economia do país”.
A Angonabeiro opera em Angola desde 1998 e as celebrações do seu 25.º aniversário aconteceram esta terça-feira, na sua sede, em Luanda.