O chefe de Escritório do Programa Mundial de Alimentação (PMA), em Cabo Delgado, Maurício Burtet, informou na segunda-feira, 30 de Outubro, que a Organização das Nações Unidas registou uma redução de assistência aos deslocados internos vítimas do terrorismo, de 600 mil para 400 mil pessoas naquele ponto do País.
De acordo com Maurício Burtet, citado pelo jornal O País, o corte tem que ver com “o recrudescimento da situação humanitária decorrente das guerras à escala global”.
O chefe de Escritório do Programa Mundial de Alimentação garantiu que, apesar da redução da assistência, haverá continuidade do apoio ao País como forma de minimizar a crise humanitária decorrente dos ataques terroristas que eclodiram em 2017, em Cabo Delgado.
“O contexto global está muito preocupante. Há uns tempos, falávamos da guerra da Ucrânia e Rússia, mas hoje já existem outras guerras”, disse Maurício Burtet.
Em Novembro do ano passado, o Programa Mundial de Alimentação (PMA) fez saber que necessitava de cerca de 18 milhões de dólares por mês, para assistir mais de um milhão de pessoas vítimas dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado.
A informação foi partilhada, na altura, pela directora nacional do PMA, Antonella D’Aprile, falando aos jornalistas após um encontro com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Manuel Gonçalves.
Na ocasião, Antonella D’Aprile falou do trabalho que a sua organização está a realizar nas regiões afectadas devido à emergência provocada por acções terroristas.
Em Junho do mesmo ano, o Governo dos EUA fez uma doação de 29,5 milhões de dólares para apoiar a assistência alimentar e humanitária às populações do norte de Moçambique, que enfrentam uma insurgência armada.