Maláui assumiu ser um dos maiores usuários do porto de Nacala, uma infra-estrutura crucial para a implementação de projectos de desenvolvimento e facilitação do comércio local.
A informação foi avançada esta segunda-feira (30), na cidade malauiana de Blantyre, pela secretária principal do Ministério dos Transportes e Obras Públicas do Maláui, durante a abertura da reunião da comissão conjunta dos Transportes e Comunicações dos dois países, onde se debate o estágio actual dos projectos de infra-estruturas ao longo dos corredores de Nacala e Beira, com maior ênfase para as fronteiras de paragem única.
Na ocasião, Madalo Nhambose, citado pela Rádio Moçambique, asseverou que o porto de Nacala, no norte de Moçambique, é a aposta mais segura para a importação e exportação de produtos comerciais do Maláui, quando comparado com os portos de Dar-es-Salam, na Tanzânia, e Durban, na África do Sul, em termos de distância, custo e benefício.
Com capacidade de manuseamento de contentores em mais de 250 mil por ano, a aposta pelo porto de Nacala, recentemente reinaugurado pelo Presidente da República, Filipe Nyusi, vai levar o país a abandonar aos poucos a importação de combustíveis por via rodoviária, tendo como opção o transporte ferroviário.
Por sua vez, o secretário permanente do Ministério dos Transportes e Comunicações de Moçambique, Ambrósio Sitoe, salientou que “as condições para a flexibilização do negócio para o desenvolvimento dos dois países através do uso do Corredor Logístico de Nacala já foram criadas, com a assinatura do acordo rodoviário e ferroviário trilateral, Moçambique, Maláui e Zâmbia”.
Entretanto, o governante acredita que a reunião bilateral de cinco dias, que decorre desde ontem (30), na capital malauiana, vai trazer bons indicadores económicos para os dois países, que querem servir de ponte para a criação da competitividade comercial e atracção de investimentos estrangeiros na África Austral.