O director de Projectos da Fly Modern Ark (FMA), Sérgio Matos, afirmou que a transportadora aérea nacional, Linhas Áreas de Moçambique (LAM), está minimamente equilibrada no que diz respeito à prestação de serviços, acrescentando que a dívida tende a diminuir.
“A dívida da LAM está a baixar, porém, não em grandes números como pretendemos. No entanto, o real estágio será confirmado na auditoria do próximo ano”, acautelou o responsável durante uma conferência de imprensa, em Maputo.
Segundo Sérgio Matos, como forma de sair do “vermelho” a breve trecho, é importante que seja aumentado o número de frotas, o que vai ajudar a obter maiores receitas, elucidando que “a companhia está saudável, mas não muito bem. Porém, estamos a conseguir cumprir com os compromissos de forma mais aliviada”.
“A LAM está minimamente equilibrada. Existem empresas que estão a dever [pagamentos], mas muitas delas já estão a pagar. De momento, estão a decorrer alguns trabalhos para voltar a reajustar os contratos suspensos com as grandes empresas”, disse.
Contratada para operar por um período de 12 a 18 meses, a Fly Modern Ark tem como missão reestruturar a LAM, face à crise que enfrenta, com destaque para a existência de uma dívida estimada de mais de 300 milhões de dólares. A empresa sul-africana trabalha junto da companhia aérea nacional desde 18 de Abril deste ano.
A LAM tem enfrentado, nos últimos anos, uma série de problemas operacionais relacionados com uma frota reduzida e falta de investimentos, com registo até de alguns incidentes, não fatais, associados por especialistas à ineficiente manutenção das aeronaves.
Uma análise do Centro de Integridade Pública (CIP), divulgada no final do ano, apontou a LAM como uma das empresas tecnicamente insolventes do sector empresarial do Estado, a sobreviver de injecções de capital e de garantias estatais para responder perante os credores, e, como tal, representando um elevado risco para a dívida pública.