A Sukhiba Connect, uma startup queniana de comércio conversacional, pretende melhorar o processo de compra e venda de produtos através do WhatsApp, eliminando as limitações que a plataforma apresenta.
O mercado de comércio social do continente está a expandir-se rapidamente, à medida que as empresas aproveitam plataformas como o WhatsApp. No entanto, existem limitações em torno dos pagamentos e entregas digitais, e é aí que entra a Sukhiba. A empresa desenvolveu uma ferramenta B2B (Business-to-business ou comércio estabelecido entre empresas) que permite às empresas alcançar e transaccionar com os clientes, directamente no WhatsApp.
Os vendedores podem gerir encomendas, aceitar pagamentos móveis, enviar notificações e agrupar compradores sem sair da aplicação.
“Trouxemos a capacidade de fazer a transacção completa, desde a conversa até à compra, pagamentos e entrega no WhatsApp”, disse o co-fundador e CEO da Sukhiba, Ananth Gudipati.
Até agora, a Sukhiba permitiu o comércio pelo WhatsApp para mais de 30 empresas, principalmente fabricantes e distribuidores que atendem a cerca de 15 mil pequenas e médias empresas. Estes vendedores utilizam a startup para ajudar as equipas de vendas a expandir o seu alcance e a ganhar novos retalhistas como clientes.
A Sukhiba traz, essencialmente, as capacidades de CRM (Customer Relationship Management ou Gestão de Relacionamento com o Cliente, na tradução literal) para a aplicação de mensagens. As empresas podem mapear visualizações, monitorar conversas e muito mais, para gerir o processo de vendas de ponta a ponta.
A startup opera no Quénia, onde o WhatsApp domina o serviço de mensagens. No entanto, a elevada utilização em toda a África oferece potencial de expansão. A Sukhiba planeia agora crescer para além do Quénia, depois de garantir 1,5 milhões de dólares em financiamento inicial liderado pela CRE Ventures.
A Nigéria é um mercado-alvo, dada a enorme penetração do WhatsApp. No entanto, é necessária a localização, uma vez que faltam algumas funcionalidades de comércio electrónico nas ferramentas básicas de negócio da rede social. A Sukhiba está entre as startups africanas que estão a preencher estas lacunas.