Historicamente, o termo minimalismo refere-se aos vários movimentos artísticos e culturais que tiveram lugar no século XX. Na altura, era utilizado para classificar as obras de arte que eram realizadas com o mínimo de recursos possível, utilizando cores neutras e formas geométricas simples.
Com o tempo, o minimalismo passou a ser adoptado como um estilo de vida. A sua premissa é que podemos melhorar a nossa qualidade de vida reduzindo os excessos e consumindo apenas o essencial.
Ora, o minimalismo assenta na política dos cinco R, ou seja:
- REFUSE – recusar o que não precisamos;
- REDUCE – reduzir o que usamos;
- REUSE – reutilizar o que temos;
- RECYCLE – reciclar sempre que possível;
- ROT: aprender a fazer a compostagem.
REFUSE
Na sociedade actual, somos ensinados e formatados para o consumo. Por outro lado, tudo aquilo que nos é dado por alguém de boa vontade, por norma, temos dificuldade em recusar. Por exemplo, num aniversário, recebe um objecto de decoração para a sua casa. A intenção da pessoa é boa, o objecto pode ser muito bonito, mas não lhe faz falta. Em circunstâncias normais, aceita por educação. Mas se não precisa desse objecto, o mais certo é ir parar à arrecadação. Assim, nesta situação, um minimalista recusa gentilmente a oferta.
REDUCE
No meio do consumo desenfreado em que vivemos, libertarmo-nos da imensidão de coisas que temos e que nem nos fazem falta, é talvez o nosso maior desafio. Dessa forma, olhe para tudo o que tem e comece a desfazer-se do que tem a mais. Começar pela arrecadação pode ser um bom princípio. Faça a chamada “limpeza geral”. Por vezes, as pessoas guardam apenas porque não têm coragem de deitar fora ou porque pensam que “um dia pode fazer falta”. Esqueça, se é adepto do minimalismo, liberte-se destes pensamentos.
REUSE
Outro dos desafios passa por saber o que fazer a determinados objectos que temos. Pois bem, pode e deve dar-lhes uma nova vida. Isto é, restaure-os e aproveite-os para outros fins. Pegue numa coisa velha e transforme-a numa nova, seja para si ou para oferecer a alguém.
RECYCLE
A reciclagem veio para ficar, mas ainda existem pessoas que dão pouca importância a este princípio do minimalismo. Outros não sabem simplesmente como fazer. Sabia que os pacotes de leite são para colocar no ecoponto amarelo e não no azul? Sabia que há plásticos não recicláveis? Pois bem, procure rever as regras da reciclagem e faça com que entre e fique na sua rotina no seu dia-a-dia.
ROT
Talvez seja o mais difícil de implementar, mas não é menos importante. A compostagem doméstica consiste na reciclagem de resíduos orgânicos, que pode servir de fertilizante natural. Assim, se tem um quintal, aprofunde os seus conhecimentos sobre este assunto. Certamente, vai concluir que não é assim tão difícil de concretizar.
Com mais tempo, o minimalista, além de poupar, pode dedicar mais tempo a si próprio para fazer o que mais gosta. Ao reduzirmos o que temos ao indispensável, podemos ganhar qualidade de vida (senão melhor, pelo menos diferente). Tudo depende das prioridades de cada um.
Assim, pode aumentar os momentos de prazer e libertar a mente de preocupações. Sem grandes excessos, e com menos responsabilidades, a sensação promete uma profunda liberdade.