O minimalismo é um estilo de vida que tenta reduzir ao máximo os níveis de consumo, de forma que adquira apenas os objectos necessários para a sua sobrevivência.
Quem adopta esta filosofia de vida procura uma realização pessoal assente na simplicidade e nos pequenos prazeres da vida, muito longe do consumo excessivo. Ou seja, para um minimalista, a felicidade não depende do dinheiro nem do materialismo. Este dá mais valor a tudo aquilo que o dinheiro não compra: liberdade e paz de espírito.
No minimalismo, olhar para a vida sem fazer depender a mesma, constantemente, do dinheiro, é ter autonomia nas nossas escolhas, ao mesmo tempo que, sem darmos conta, estamos a aumentar a nossa poupança. No fundo, é poupar sem fazer um grande esforço. O lema é: “não preciso de muito, preciso das coisas e das pessoas certas”.
Minimalismo é saber o que tem
Quem é minimalista, sabe tudo o que tem. Certamente não tem uma gaveta cheia de “tralha” que nem precisa. Não tem roupa com etiquetas no roupeiro, caixas e caixas cheias de bugigangas e acessórios a ocupar espaço na arrecadação sem qualquer tipo de utilidade. Tudo tem uma utilidade e um propósito. Por ter apenas o essencial, facilmente sabe “de cor e salteado” o que tem, bem como o que não precisa.
Minimalismo é comprar menos
Um minimalista não valoriza o consumo, mas sim aquilo que é indispensável para viver. O resto são prazeres da vida que não estão ligados ao consumo como, por exemplo, a natureza, a praia, uma boa conversa, etc. Quem é adepto deste estilo de vida, também está focado no ambiente. Logo, a redução do consumo é um factor determinante.
Entre os bens que pode ponderar deixar de comprar, seguindo a perspectiva de um estilo de vida minimalista, estão a roupa que está na moda; sapatos; jóias e bijuterias; maquilhagem; tecnologia de última geração; artigos de decoração; produtos de limpeza.
Assim, um minimalista reduz ao máximo este tipo de bens, apenas tem as quantidades estritamente necessárias para o seu dia-a-dia. Muitas vezes, o desperdício e o excesso de consumo estão ligados a gostos, modas e impulsos. Se quer ser minimalista e poupar, defina bem o que realmente precisa.
Pensar antes de comprar
No fundo, o minimalismo tem muito de racionalidade. Por outras palavras, visa estimular a reflexão e a ponderação de forma que decida se aquela compra é essencial ou não. Mas não basta criar uma lista, é preciso ter força de vontade. No fundo, o segredo de quem segue este estilo de vida é não agir por impulso, mas sim em função das suas reais necessidades.
Minimalismo e a poupança
Ora, se o minimalismo assenta na redução do consumo, naturalmente pode conduzir a uma poupança significativa. O minimalista, mesmo que não tenha intenção de poupar, acaba por fazê-lo. Ou seja, uma coisa leva a outra.
Por outro lado, é visível nas mais variadas acções diárias. Por exemplo, se usar menos os electrodomésticos, o consumo de electricidade diminui; se passar menos tempo no duche ou em limpezas supérfluas, a factura da água também fica mais leve. Na verdade, a poupança é uma consequência do minimalismo. Se temos menos bens, menos mobiliário e menos tralha, além de gastarmos menos dinheiro na sua aquisição, também demoramos menos tempo a limpar e tempo também é dinheiro.
Fonte: Doutor finanças