A exploração de gás natural pela plataforma flutuante Coral Sul ao largo da costa da província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique, no último ano, contribuiu em 6,5% para o aumento do Produto Interno Bruto (PIB).
O número foi anunciado pelo representante da empresa italiana de energia, ENI, em Moçambique, Giorgio Vicini, citado na edição desta quinta-feira, 26 de Outubro, do jornal notícias.
O Projecto de GNL flutuante Coral Sul, ancorado na Área 4 da bacia do Rovuma, arrancou em Novembro de 2022 e já fez mais de 30 carregamentos de Gás Natural Liquefeito (GNL).
A Eni Rovuma Basin (ERB) é o operador delegado do projecto. A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint venture em copropriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Galp, Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm cada uma, participações de 10%.
Na Área 4 foram descobertos recursos significativos de gás natural recuperáveis, incluindo o reservatório Coral Sul, onde já se encontra em operação, desde o último trimestre de 2022, uma unidade flutuante de produção de gás natural liquefeito (FLNG), designada por Coral Sul,
O destino do gás produzido por esta plataforma são os mercados europeu e asiático. Para Giorgio Vicini, este peso positivo nas contas do País “representa um enorme contributo para a economia moçambicana, tendo em conta que os projectos de GNL do País são cruciais para a indústria mundial.”
Em Maio, a ENI anunciou que, de Outubro de 2022 a Maio de 2023, canalizou 34 milhões de dólares em receitas para os cofres do Estado moçambicano.
Recentemente, o Governo moçambicano e as Agências Internacionais que estão a financiar as operações de gás natural liquefeito (GNL), em Cabo Delgado, reuniram-se para atualizar as condições de financiamento, de forma a retomar os projectos, interrompidos em 2021, quando terroristas islâmicos atacaram a cidade de Palma.
O projecto, liderado pela empresa francesa TotalEnergies, está orçado em 23 mil milhões de dólares, o maior investimento estrangeiro em Moçambique até à data.