O vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, disse, recentemente, durante a primeira sessão do comité de amêndoas realizada em Maputo, que a indústria nacional de processamento da castanha do caju está a recuperar dos impactos negativos da queda do preço da amêndoa no mercado internacional.
O governante, citado pelo jornal notícias, na edição desta terça-feira, 24 de Outubro, referiu que esta melhoria deriva dos esforços empreendidos para permitirem o aumento da produção e produtividade, vistos como essenciais para a sustentabilidade e revitalização do sector.
“A indústria nacional de processamento, que tem uma capacidade de 110 mil toneladas, tem vindo a reerguer-se e a retornar aos anteriores níveis de crescimento, depois dos abalos registados nos últimos três anos”, disse Olegário Banze. Estes avanços têm-se registado igualmente no sector de processamento secundário da amêndoa de caju no País, classificado como agregador de valor, por satisfazer o mercado interno e regional.
No mesmo quadro, o responsável destacou a melhoria da qualidade da castanha, que passou de uma média de 44 para 46 libras/peso, com notáveis ganhos para a indústria e para os preços de exportação. “Nas últimas campanhas, a produção e comercialização da castanha de caju registaram níveis assinaláveis de crescimento situados um pouco acima de 150 mil toneladas por campanha”, sublinhou, para depois explicar que a redução do custo da amêndoa resultou da retracção da economia mundial.
“Por sua vez, a covid-19 impactou na logística das exportações e no agravamento dos custos de produção da castanha, fortemente condicionado também pelos preços dos combustíveis e de pesticidas”.
Em jeito de conclusão, a fonte esclareceu que estes factores reduzem consideravelmente a capacidade de tesouraria das empresas, principalmente as de processamento, o que condiciona a sua capacidade de financiamento junto da banca, resultando no encerramento de algumas delas por incapacidade financeira para aquisição de matéria-prima.