O crédito bruto ao sector não financeiro angolano cifrou-se em 5,84 biliões de kwanzas (6,6 mil milhões de euros) em Setembro, representando um aumento de 1,01 biliões de kwanzas (1,1 mil milhões de euros) face ao período homólogo.
De acordo com a nota de informação estatística sobre o crédito do Banco Nacional de Angola (BNA), consultada esta terça-feira, 24 de Outubro, pela Lusa, 89,63% do crédito, neste período, representava o endividamento do sector privado e o restante o endividamento do sector público.
O endividamento do sector público não financeiro totalizou 605,52 mil milhões de kwanzas (685 milhões de euros), dos quais 48,96% referentes à administração pública e 51,04% às empresas públicas. Comparativamente ao período homólogo registou-se um crescimento de 231 mil milhões de kwanzas (261 milhões de euros).
Em relação ao sector privado, o endividamento registou um aumento de 780,12 mil milhões de kwanzas (883 milhões de euros), ao passar de 4,45 biliões de kwanzas em Setembro de 2022 para 5,23 biliões de kwanzas do mesmo mês neste ano.
Segundo o BNA, relativamente à economia real, o crédito bruto ao sector não financeiro alocado no mês passado registou um aumento de 356 mil milhões de kwanzas (402 milhões de euros), impulsionado principalmente pelo incremento do investimento nas indústrias extractivas.
O peso do crédito bruto à economia real sobre a carteira total do crédito bancário aumentou 1,03 pontos percentuais comparativamente ao período homólogo, cifrando-se em 22,26% em Setembro passado.
“Entretanto, destaca-se o facto de, nos últimos cinco anos, registar-se um acréscimo considerável de 8,65 pontos percentuais quando comparado com os 13,61% registados em Setembro de 2019, fruto dos esforços empreendidos para a promoção do crédito destinado ao incremento da produção nacional”, refere-se na nota.
O banco central angolano salienta ainda que o total do crédito vigente no âmbito dos avisos do BNA de fomento à economia real totalizou 955,01 mil milhões de kwanzas (mil milhões de euros), o que representa 77,95% do total de crédito concedido ao sector real e 16,36% da carteira de crédito bruto.