Um grupo de investidores chineses pretende construir dois novos terminais no porto da beira, na província de Sofala, para aumentar a capacidade de manuseamento de mercadorias.
Trata-se de uma multinacional líder do mercado africano de construção de infra-estruturas que, numa primeira fase, pretende construir dois terminais – cais 11 e 13 – para aumentar a capacidade de manuseamento de mercadoria no porto da Beira, e, posteriormente, erguer outro em Nova Sofala. O grupo está também interessado em edificar um parque industrial no distrito de Dondo, província de Sofala, para servir os países do hinterland, para além de um porto seco na fronteira de Machipanda, em Manica.
Segundo o jornal notícias, os investidores já estiveram em Sofala e constataram que a actual capacidade do porto do Beira está pressionada, devido ao fluxo de mercadorias que atravessa por aquela infra-estrutura.
Este domingo (22), o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, no penúltimo dia da sua visita à China, manteve um encontro com estes investidores onde ouviu do presidente do grupo, Xiang Guangda, um pedido para que se acelere na análise do projecto.
Sobre o assunto, o governante moçambicano garantiu que as instituições ligadas ao investimento, sobretudo a Agência para a Promoção de Investimento e Exportações (APIEX) estão a trabalhar nos dossiers para que o processo seja célere.
“O projecto está bem encaminhado e nós como Governo fiscalizamos porque estamos interessados em ver as coisas a acontecer”, explicou Maleiane, referindo que o porto seco vai ajudar a logística do Zimbabué.
Há dias, o Governo moçambicano anunciou que pretende investir 290 milhões de dólares na expansão e modernização do porto da Beira, salientando que esta é uma das infra-estruturas mais importantes do País e da região da África Austral.
Na ocasião, o governante avançou que os estudos já realizados apontam, para as próximas décadas, um incremento exponencial do volume de contentores manuseados naquele porto.