Um total de 350 empresas moçambicanas foram, até ao momento, cadastradas na base de dados das multinacionais que operam no sector de petróleo e gás, na Área 4 da bacia do Rovuma, em Cabo Delgado, norte de Moçambique, isto no âmbito da implementação do plano de conteúdo local.
De acordo com o director-geral da Eni Rovuma Basin, Giorgio Vicini, citado numa informação veiculada nesta quarta-feira, 11 de Outubro, pelo Semanário Económico, do global, 21% são Pequenas e Médias Empresas (PME) que recentemente receberam formação para melhorar as suas habilitações no sector.
“Com a implementação do plano de conteúdo local, o projecto Coral Sul FLNG procura maximizar a participação das empresas locais no fornecimento de bens e prestação de serviços, promovendo um ambiente de desenvolvimento empresarial”, afirmou.
Segundo o responsável, os parceiros da Área 4 estão comprometidos com o crescimento local e, por isso, têm investido no desenvolvimento profissional e de competências, proporcionando a exposição internacional dos seus colaboradores.
“Entre 2022 e 2023, recém-graduados de universidades moçambicanas beneficiaram de bolsas de estudo para mestrados na Itália, em colaboração com as nossas congéneres italianas. Adicionalmente, foram formados jovens engenheiros em tecnologia de produção que, neste momento, estão a trabalhar no projecto. A média das suas idades é de 28 anos e esta nova geração de talentos é fundamental para os planos da Eni de continuar a investir e a desenvolver Moçambique”, revelou.
Giorgio Vicini acrescentou que como parte da colaboração com os parceiros, a Eni está também a apoiar a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH) no desenvolvimento profissional dos seus quadros.
“Recebemos colaboradores da ENH que estão envolvidos em várias áreas de suporte, como forma de desenvolverem as suas competências”, explicou.
A Área 4 é operada pela Mozambique Rovuma Venture (MRV), uma joint-venture em co-propriedade da ExxonMobil, Eni e CNPC (China), que detém 70% de interesse participativo no contrato de concessão. A Galp, a Kogas (Coreia do Sul) e a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (Moçambique) detêm, cada, uma participação de 10%.