O Indicador de Clima Económico (ICE) das empresas moçambicanas subiu para 96,2 pontos no terceiro trimestre, invertendo a queda dos dois anteriores. Ainda assim, segundo os dados do relatório de Indicadores de Confiança e de Clima Económico, divulgado esta segunda-feira, 9 de Outubro, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os gestores prevêem uma subida de preços em breve.
No relatório, o INE refere que “a confiança favorável dos empresários foi extensiva às perspectivas da procura e de emprego, que aumentaram ligeiramente no mesmo período de referência”.
Assim, a confiança dos agentes económicos na economia moçambicana do sector real, expressa por este indicador, “registou, no período em análise, um incremento ligeiro, interrompendo o perfil descendente observado nos últimos dois trimestres”.
“Sectorialmente, a avaliação favorável do clima económico no trimestre em análise deveu-se à apreciação positiva do indicador em todas as actividades-alvo do inquérito, com maior destaque, em termos de amplitude, para o sector da produção industrial, excluindo o gás de Rovuma, que registou um incremento substancial, quando comparado com o trimestre anterior”, justifica o INE.
Há precisamente um ano, no final do terceiro trimestre de 2022, este indicador situava-se num pico de 97,6 pontos.
Segundo o INE, o inquérito trimestral de conjuntura é realizado às empresas do sector não financeiro, “com vista a apurar o comportamento da economia num horizonte temporal de curto prazo” e “de modo que proporcione informação aos utilizadores sobre a gestão e monitoria da política económica”.
Entretanto, o indicador da perspectiva da procura que consta do relatório mostrou sinais de recuperação, “ainda que tenha sido de forma ligeira se comparado com o trimestre anterior, tendo, mesmo assim, o seu saldo continuado abaixo da média da respectiva série temporal”, influenciada pela perspectiva positiva de todos os sectores-alvo do estudo.
Por outro lado, o indicador da perspectiva de emprego registou uma ligeira melhoria no terceiro trimestre, comparativamente ao trimestre anterior, “tendo o respectivo saldo se situado tenuemente abaixo da média da respectiva série cronológica”.
“Esta tendência da perspectiva de emprego contou com a contribuição positiva do indicador, nos sectores da produção industrial e de comércio. Contrariamente, as actividades dos serviços registaram uma redução ligeira se comparada com o trimestre anterior”, lê-se no relatório.