O secretário-executivo em exercício da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA), António Pedro, defendeu mais investimento dos governos em educação e numa força de trabalho produtiva para garantir um crescimento e desenvolvimento industrial em África.
“Para que o continente crie um conjunto de competências abrangente e adaptável, é necessário dar prioridade a certos pré-requisitos, tais como uma melhor afectação orçamental para a educação e formação técnica orientada, bem como garantir um ambiente político favorável”, disse António Pedro, durante os encontros laterais que a UNECA realizou em Nova Iorque, à margem da 78.º Assembleia Geral das Nações Unidas.
De acordo com o jornal notícias, a UNECA defende que a substituição de capacidades, através da assistência técnica e da utilização de consultores externos, prestadores de serviços e outras formas de aquisição de capacitação, permite que as competências industriais sejam rapidamente mobilizadas para o arranque de projectos.
“É vital que os países africanos tomem medidas para transferir as competências essenciais que são críticas para os sectores estratégicos”, afirmou o responsável, apelando à implementação de estratégias e medidas práticas para salvaguardar e reter as competências nacionais essenciais, salientando a importância de manter os talentos nos países africanos.
“A prosperidade de um país depende de uma força de trabalho produtiva que, por sua vez, assenta nas suas competências e na eficácia com que as utiliza” reiterou António Pedro, de acordo com o qual, os países africanos devem integrar o talento, a criatividade e o espírito empresarial na economia formal, ao mesmo tempo que fornecem orientação, formação e assistência técnica para permitir que as pessoas do sector informal contribuam para o conjunto das competências formais.
“O desenvolvimento de competências especializadas não acontece no vazio, precisa de políticas que combatam o sério défice de conhecimentos industriais e capacidade profissional, que são essenciais para atingir um desenvolvimento sustentável”, concluiu.