O Grupo UBS está em conversações com Moçambique, oferecendo até 100 milhões de dólares para que o Governo ‘deixe cair’ o processo, que começa a ser julgado na segunda-feira, 2 de Outubro, em Londres.
De acordo com a Bloomberg, as negociações estão perto de chegar a ‘bom porto’, o que fará com que o Grupo UBS, que comprou o Credit Suisse em Junho, não tenha de enfrentar 13 semanas de escrutínio sobre o escândalo de financiamento conhecido como o caso das “dívidas ocultas”.
“As partes estão ainda a negociar os termos do acordo extrajudicial de até 100 milhões de dólares”, disse uma fonte citada pela Bloomberg, salientando que a Procuradoria-Geral da República (PGR) de Moçambique poderá divulgar o acordo já na próxima semana.
No entanto, o site avança que “mesmo havendo um acordo extrajudicial que faça Moçambique retirar a acção contra o Credit Suisse, agora transferida para o Grupo UBS pela aquisição do banco suíço, o julgamento será sempre realizado, mas tendo apenas o bilionário Iskandar Safa, líder da Privinvest, como arguido”.
O caso, descoberto em 2016 e que ficou conhecido por “dívidas ocultas”, envolve contratos e empréstimos de mais de 2,7 mil milhões de dólares, feitos com os bancos Credit Suisse e VTB, entre 2013 e 2014.
O escândalo levou à suspensão de apoios internacionais, incluindo do Fundo Monetário Internacional (FMI), que só retomou a ajuda financeira ao País anos mais tarde.