Confirma-se a leitura rápida para o crescimento dos Estados Unidos da América (EUA) no segundo trimestre, quando a maior economia do mundo avançou 2,1% em termos anualizados. Ainda assim, o consumo privado cresceu ao ritmo mais lento do último ano à medida que se materializam os efeitos da subida de juros mais agressiva dos últimos 40 anos.
A leitura definitiva do crescimento no segundo trimestre confirmou a estimativa inicial de 2,1% em termos anualizados, isto apesar de uma revisão significativa em baixa do consumo privado. Com um avanço de 0,8%, esta rubrica cresceu metade do inicialmente estimado, um fenómeno que ganha mais importância dado que esta componente do Produto Interno Bruto (PIB) é, historicamente, o principal motor do crescimento norte-americano.
Em sentido inverso, o investimento foi revisto em alta, dando um contributo mais forte ao resultado nominal do crescimento. Esta rubrica subiu 7,4%, acima dos 6,1% inicialmente reportados, enquanto os gastos públicos subiram 3,3%, como constava na estimativa rápida inicial.
Também as exportações registaram uma revisão positiva, embora mantendo a tendência de queda. O recuo inicialmente reportado de 10,6% foi, afinal, de 9,3%, tendência semelhante à registada no investimento residencial, que caiu 2,2%, ou seja, menos do que os 3,6% da estimativa rápida.
Já o crescimento do primeiro trimestre foi revisto em alta, saltando de 2% para 2,2%.
Olhando para a inflação, o índice de preços nos gastos de consumo (PCE), o indicador de referência para a Fed, manteve-se inalterado em relação à segunda leitura, ou seja, com um avanço em cadeia de 2,5%. Este foi o nível mais baixo do indicador desde o último trimestre de 2020. Recorde-se que a estimativa rápida (a primeira de três leituras) apontava para 4,2%.