O presidente do conselho de administração da Endiama, diamantífera angolana, José Ganga Júnior, considerou esta sexta-feira, 29 de Setembro, “muito mau” o presente ano para os diamantes angolanos, com o mercado da Índia, receptora de mais de 90% da produção nacional, encerrado até Dezembro próximo.
“É um ano complicado. Este ano de 2023 para o mundo dos diamantes é muito mau. Devo dizer, só a título de exemplo, que o mercado da Índia, que recebe mais de 90% da produção de Angola, está encerrado, não receberá diamantes de parte nenhuma até dia 15 de Dezembro, significando que as empresas estão, neste momento, a atravessar dificuldades”, disse José Ganga Júnior, em declarações à imprensa local.
O responsável angolano frisou que “as empresas continuam a produzir, mas não conseguem comercializar os diamantes. Esta é a nossa realidade, estamos a produzir, não parámos, não estamos a vender como devíamos, mas temos de ser resilientes e aguentar. Por isso é que os resultados este ano não vão ser muito bons”.
José Ganga Júnior participou, esta sexta-feira, num workshop promovido pela Endiama e pelo Gabinete de Gestão do Programa Espacial Nacional (GGPEN) para a utilização da diamantífera angolana, dos serviços de comunicação do satélite Angosat-2 e da aplicação espacial TECH-Minas, solução que visa fornecer produtos e serviços de observação da terra para o sector mineiro angolano.
