A África do Sul vai enfrentar, nos próximos meses, uma escassez de ovos e de carne de frango devido a um novo surto de gripe aviária que afecta actualmente duas províncias do país.
Segundo revelou esta sexta-feira, 22 de Setembro, o Grupo Astral Foods, principal produtor sul-africano, “a gripe aviária já provocou escassez de oferta de ovos no mercado e espera-se que a oferta de carne de aves na cadeia de valor possa ser afectada negativamente nos próximos meses”.
Na informação ao mercado, citada pela imprensa local, o produtor sul-africano indicou que as regiões do país mais afectadas pelo actual surto de gripe aviária, H7N6, são as províncias de Gauteng, onde se situa Joanesburgo, e de Mpumalanga, que faz fronteira com o reino de Essuatíni e Moçambique.
“O surto de gripe aviária é o pior que a África do Sul já testemunhou e vai muito além do impacto sentido pela gripe aviária H5N8 em 2017”, referiu.
A empresa sublinhou ainda que a actual crise de electricidade afectou a indústria avícola, agravando substancialmente os seus custos operacionais, situando-se em cerca de 1,9 mil milhões de rands, equivalente a 6,3 mil milhões de meticais.
A empresa referiu que a despesa com geradores a gasóleo para colmatar diariamente os cortes de electricidade contínuos ascende a 45 milhões de rands por mês, que corresponde a 150,3 milhões de meticais.
A Associação Sul-Africana de Avicultura (SAPA, na sigla em inglês) disse também à imprensa local que o abate de galinhas poedeiras devido ao actual surto de gripe irá também agravar a escassez de ovos no mercado.
“Já perdemos mais de 25% da produção nacional só esta semana”, adiantou a responsável da organização, Abongile Balarane.
Segundo a Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH, na sigla em inglês), o primeiro surto da gripe aviária surgiu no passado mês de Maio na província sul-africana de Mpumalanga.