A Associação Moçambicana de Seguradoras, criada em 2007, realizou, na quarta-feira, 20 de Setembro, na cidade de Maputo, a primeira Conferência Anual de Seguros, onde a vice-ministra da Economia e Finanças, Carla Louveira, informou que o serviço de seguro abrange apenas 1,85% da economia nacional, desafiando o sector a alargar o seu campo de actuação.
“Dados do mercado segurador indicam que, actualmente, o País passou a contar com 19 instituições seguradoras, das quais 13 do ramo não-vida, duas do ramo vida e quatro explorando os dois ramos, bem como três micro seguradoras, uma resseguradora, sete sociedades gestoras do fundo de pensões, 128 corretores, cinco corretores de resseguros e 30 agentes da sociedade comercial”, revelou a governante, citada pelo jornal O País.
Carla Louveira explicou que todas estas instituições contribuíram para um ganho no sector de seguros, “perfazendo uma taxa de penetração de seguros na economia de 1,85% e uma média, dos últimos cinco anos, da taxa de crescimento de prémios brutos emitidos de 9,2%”.
Ainda assim, a vice-ministra referiu ser necessário também assegurar o crescimento dos ramos vida, pensões e micro seguros no País. “É neste contexto que recomendamos aos operadores desta indústria a intensificar as suas acções, no sentido de trabalharem, conjuntamente, com o Governo de Moçambique, para fazer face aos seguintes desafios: primeiro, a educação financeira do consumidor; segundo, o desenvolvimento do seguro inclusivo; terceiro, contribuir para a integridade financeira do sector de seguros, através da melhoria de mecanismos de controlo do branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo; quarto, assegurar a transformação digital do mercado de seguros; e quinto, consolidar os mecanismos de protecção dos bens e infra-estruturas públicas”.
Na ocasião, a Associação Moçambicana de Seguros lembrou a sua resiliência diante da pandemia do covid-19 e disse estar pronta para alargar os seus serviços. “Neste caminho, os seguros de vida e de pensões terão de desempenhar um papel fundamental na protecção e no futuro sólido das pessoas. Os seguros gerais estão longe de terem atingido todo o seu potencial de melhorar a segurança financeira das famílias e das pequenas e médias empresas”, reconheceu Ruben Chivale, presidente do Conselho de Direcção do organismo.
O tema da primeira conferência anual de seguros foi, segundo Ruben Chivane, “um chamamento à reflexão de todos sobre o papel que cada um deve desempenhar no aumento da penetração dos seguros na economia, no aumento da literacia sobre seguros, no aumento dos níveis gerais da confiança do público e na melhoria da perfeição de valor do sector”.