A Google divulgou na terça-feira, 19 de Setembro, que o Bard, o seu chatbot generativo de Inteligência Artificial (IA), que concorre com o ChatGPT da OpenAI, pode conectar-se, a partir de agora, com outros serviços da empresa, como a caixa de correio electrónico, o YouTube ou o Maps.
“Se estiver a planear uma viagem ao Grand Canyon, nos Estados Unidos, pode pedir ao Bard para pesquisar as melhores datas no Gmail, pesquisar voos e hotéis, verificar a viagem ao aeroporto no Google Maps e até assistir a vídeos do YouTube sobre actividades para fazer lá, tudo na mesma conversa”, destacou a gigante tecnológica em comunicado, citado pelo portal Sapo.
A empresa norte-americana tem vindo a desenvolver sistemas de IA de ponta há anos, mas foi surpreendida pelo sucesso do ChatGPT, no final de 2022, e pelo lançamento, em Fevereiro, do novo Bing da Microsoft, o seu mecanismo de busca com capacidades generativas de IA.
Ao mesmo tempo, a Google lançou o Bard, um chatbot capaz de produzir todo o tipo de texto, como editoriais, artigos científicos ou diálogos, como o ChatGPT.
A nova ferramenta, apresentada na terça-feira, chamada Bard Extensions, também pode extrair dados do Google Docs (documentos) e do Google Drive (armazenamento), incluindo ficheiros em formato PDF, informou a empresa.
Um novo botão, o ‘Google it’, permite comparar os resultados do Bard com os resultados de uma pesquisa no Google sobre o mesmo assunto, relatando quaisquer discrepâncias.
Grandes empresas tecnológicas, lideradas pela Microsoft e pela Google, estão a implementar rapidamente funcionalidades de IA generativa nos seus softwares, para os transformar numa espécie de assistente pessoal.
Ao mesmo tempo, têm de superar as objeções dos reguladores, especialmente os europeus, porque esta última geração de IA é ainda mais preocupante do que as anteriores em termos de confidencialidade dos dados, riscos de utilização para fins nocivos, como fraude ou desinformação, ou perda de empregos.
As novas extensões do Bard apenas poderão aceder a dados pessoais com a permissão do utilizador, segundo a empresa. Qualquer extracção de conteúdo pessoal do Docs, Drive ou Gmail, não será utilizada para direccionar anúncios, treinar o Bard ou ser vista pelos funcionários da empresa.