O Presidente da República, Filipe Nyusi, defende uma transição energética justa, que sirva de trampolim para permitir que os países pobres identifiquem e adoptem novas janelas de oportunidade para a diversificação da matriz energética.
Discursando na terça-feira, 19 de Setembro, na 78.ª reunião anual da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, o chefe de Estado moçambicano frisou que “a transição para as energias renováveis deve acontecer sem prejuízo para o desenvolvimento dos países mais pobres”. Por isso, “deve ser uma transição mais justa que permita aos países menos desenvolvidos consolidar as suas economias”.
“A transição energética é um imperativo global visando construir sociedades mais resilientes e sustentáveis. No entanto, defendemos que deve ser justa e servir de rampa para permitir aos países pobres encontrar uma janela de oportunidade para a diversificação da matriz energética que consolide as suas economias”, enfatizou Nyusi, citado pela Agência de Informação de Moçambique (AIM).
Segundo o governante, a transição energética requer investimentos de vulto, em projectos de geração de energia a partir de fontes limpas. Daí que, “mais uma vez, convidamos os países mais industrializados para serem solidários, incrementando o financiamento climático”.
Na ocasião, o Presidente da República destacou também que Moçambique “é uma referência regional pela diversidade da sua matriz energética, que inclui barragens hidroeléctricas, com destaque para Cahora Bassa, e centrais solares e eólicas, estando em curso o projecto de construção da barragem de Mphanda Nkuwa”.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa é, actualmente, o maior produtor de electricidade em Moçambique e tem uma capacidade de 2000 MW, sendo que perto de 250 MW de energia são abastecidos localmente, 1000 MW para a África do Sul e 400 MW para o Zimbabué.